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Quais as origens do mito de adição hormonal em frangos?

De acordo com o pesquisador científico do Instituto de Zootecnia da Secretaria de Agricultura e Abastecimento de São Paulo, José Evandro de Moraes, é mais fácil embutir um mito na sociedade do que contar a verdade (da qual ninguém quer saber). “O mito nos mantém feliz e gostamos dele porque é ferramenta de aprendizado”, explica. “Mas chega a ser engraçado falar de hormônio em carne de frango”. Porém, o problema é que o mito se perpetua.

Hormônio é uma substância química fabricada por sistema endócrino um sinalizador celular, para evocar ou excitar. Temos vários. Hormônios também podem ser processados de maneira sintética. E eles são mais caros do que a carne de frango. “Para aplicar um ml um barracão com 30 mil aves leva sete dias seguidos, imagina o stress no barracão. E só faz efeito 80 dias depois; o abate no Brasil acontece aos 42 dias”, explica Moraes.

A provável origem do mito pode estar em publicações do começo do século XX, quando se falava em reposição hormonal, com fins terapêuticos era testado em animais, exceto aves. Durante a Segunda Guerra Mundial os soldados voltavam para casa debilitados, era usado neles um hormônio de reconstrução muscular, mas ainda não se sabiam os efeitos colaterais. Além disso, a população precisava aumentar e havia carência de alimentos, daí se testa mais hormônio. Com os programas espaciais também havia estudos com hormônios.

O pesquisador lembra que há casos ainda de proteção comercial para que determinado produto não seja comercializado, em que um país concorrente direto distribui informações sobre seus produtos. Normalmente em casos de concorrência ou você se alia ou difama o outro mercado e daí fecham-se mercados.

Mas afinal, o que é usado?

Uma vez que hormônios não são utilizados, Moraes explica que são usados antibióticos e promotores de crescimentos (qualquer produto que promova desempenho do animal), escolhidos de acordo com a necessidade produtiva. Por pressão de mercado muitos promotores de crescimento não podem usados em protocolos de exportação. Os probióticos fazem ganhar ou perder peso, se quero uma carcaça mais magra, uso um probiótico para isso.

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