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Quer vender mais carne? Então aproveite a tendência de crescimento do mercado brasileiro

A produção de carnes de aves será responsável por mais da metade do projetado na produção de proteína animal, mas há, claro, espaço para as demais proteínas animais. De acordo com o representante da FAO (Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura) no Brasil, Alan Bojanic, esse crescimento será impulsionado tanto pela demanda interna – que também crescerá – quanto pela demanda internacional. A expansão restante do setor de carne será compartilhada entre carne bovina e suína.

A perspectiva para a carne de frango brasileira é muito positiva. Casos de gripe aviária nos países produtores concorrentes do Brasil (como ocorrido em 2015 nos Estados Unidos), e da elevação do consumo em todo o mundo podem ajudar a carne brasileira a atingir todo o mundo. As projeções do estudo “Outlook Fiesp 2026” indicam que a carne de frango brasileira terá uma elevação de 25% no período projetado (crescimento aproximado de 2% ao ano), exportando um volume de 5,9 milhões de toneladas líquidas, crescimento de 38% em relação a 2015.

No caso da carne suína, a China tende a ser um país que importará esse produto nos próximos anos, devido ao seu maior consumo per capita. Como exemplo, entre janeiro e agosto de 2016, o total importado pelo país asiático foi de 900 mil toneladas, 150% superior ao mesmo período do ano anterior. A tendência é que esse fôlego chinês persista e mesmo que sua produção interna seja elevada, a necessidade de importação de carne de porco será inevitável e o Brasil irá se beneficiar disso. Dessa forma, projeta-se que a produção brasileira de carne suína brasileira tende a crescer 32% no período (+2,6% ao ano), com um aumento de até 75% na exportação líquida deste produto.

A carne bovina, por sua vez, teve sua participação aumentada no mercado mundial, devido a menor participação australiana, abertura de novos comércios e o retorno da China como compradora. E as projeções indicam que esse crescimento continue nos próximos anos. Quanto aos números, o rebanho de gado de corte brasileiro terá uma elevação de 9% até 2026, no entanto, até lá a produção crescerá 24% (+2% ao ano), indicando claramente que a eficiência produtiva brasileira tende a melhorar no período.

Dados da projeção da Fiesp indicam que o número de áreas de pastagem em 2026 terá uma redução de 3% em relação a 2015, consequentemente, a taxa de lotação tende a aumentar, chegando a 1,30 cabeças por hectare (crescimento de 12% no período). Dessa forma, em 2026 serão produzidos 11,7 milhões de toneladas de carne bovina no país, com um volume exportado de 2,2 milhões de toneladas líquidas, número que representa um crescimento de 66% em relação a 2015. “Mesmo com o consumo interno crescente, a competitividade do Brasil nos mercados internacionais de carne bovina e aves deverá aumentar a competitividade de preço devido à desvalorização do real”.

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