O mercado de consumo tem mudado bastante desde que a tecnologia passou a transformar de maneira disruptiva a forma como as pessoas lidam com produtos e serviços, o que tem exigido das indústrias de alimentos e bebidas uma busca constante pela inovação. Diante disso, inspirar-se em métodos que ajudem a definir o que os consumidores precisam é fundamental. Afinal, as empresas que estão à frente de seu tempo, oferecendo diferenciais antes inimagináveis e ditando tendências de consumo, investem em pesquisas sobre o mercado e acompanham de perto o comportamento de seus consumidores.
Mas engana-se quem pensa que inovar significa apenas desenvolver um “chip inteligente” ou qualquer outro elemento altamente tecnológico. De acordo com Regina Sugayama, diretora do Instituto SENAI de Tecnologia em Alimentos e Bebidas, de Minas Gerais, “a inovação pode ser, simplesmente, a adoção bem-sucedida de uma ideia nova, aquele ‘pensar fora da caixa’ no qual nós, brasileiros, somos campeões. Mudanças nos produtos em si (novos ingredientes e novas embalagens) ou no processo (melhoria do fluxo de trabalho, redução de impacto ambiental e aumento de produtividade) contribuem para uma maior competitividade, o que é vital em tempos de crise. Portanto, inovar é preciso, independentemente do porte da indústria”, afirma.
Vale lembrar, porém, que toda essa inovação deve ser gerada dentro de parâmetros e requisitos estabelecidos pela legislação e por normas técnicas, de acordo com as preferências do consumidor.
Mapear tendências é o caminho
Hoje, apostar no mapeamento de tendências é uma prática eficiente para o alcance da satisfação e fidelização dos clientes. Muitas vezes, o produto ou serviço oferecido por uma empresa já possui características suficientes para atender às necessidades do consumidor, mas é preciso entender que as exigências e os desejos dele mudam rapidamente e que acompanhar cada etapa dessa evolução é mais do que fundamental para a sobrevivência de qualquer empresa no mercado. Dessa forma, quem se preocupa com cada produto/serviço e estuda o mercado dificilmente terá problemas para agradar os mais variados perfis de público, inclusive com o desenvolvimento de soluções inovadoras.
O problema, no entanto, é que a falta de interesse em pesquisa ainda é um dos fatores que mais prejudica as empresas do setor a inovar. “Soma-se a isso o desafio que se apresenta à indústria de alimentos e de bebidas de alcançar algo que seja gostoso, saudável, durável, prático, seguro, global, além de barato e obtido de acordo com os princípios de responsabilidade ambiental e social. E se tiver alguma propriedade funcional e não deflagrar reações alérgicas, por exemplo, melhor ainda”, resume a diretora do Instituto SENAI.
Quer saber mais sobre a inovação no setor de alimentos e bebidas? Continue acompanhando o nosso canal de conteúdo e não esqueça de compartilhar nas redes sociais.